Poupar ou investir: descubra as diferenças

Quais as diferenças entre uma atitude de poupança ou de investimento para as suas finanças?

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Poupar significa guardar parte do dinheiro, sendo que o montante ficará seguro e estará acessível para quando precisarmos dele. Investir trata-se de aplicar o dinheiro com o objetivo de o multiplicar, mesmo que possa implicar alguns riscos.

Lembra-se daquelas calças que comprou e só usou uma vez? Esta ideia demonstra o contrário de poupança, porque poupar implica que se façam escolhas inteligentes, minimizando os gastos. É fundamental entender a sua relação com o dinheiro para começar a economizar, embora esta atitude esteja cada vez mais difícil para os portugueses. A taxa de poupança das famílias desceu para 5,9% do rendimento disponível no segundo trimestre do ano, o que reflete o aumento de 2,7% do consumo privado, indicam os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística. 

Mas qual é a melhor forma de poupar? Os métodos variam de pessoa para pessoa, dos objetivos e disciplina de cada um, mas existem algumas sugestões que podem ajudar:

• Registe tudo o que entra e sai da sua conta. Há quem prefira o simples caderninho em que escreve à mão, mas hoje já existem muitas apps que o podem ajudar nesta tarefa.
• Tente reduzir os gastos que podem ser considerados supérfluos
• Pague as contas de imediato, o adiar não vai fazer com que desapareçam por milagre
• Compare preços e opte pelo mais económico

A capacidade de poupança ou investimento depende das possibilidades financeiras de cada um, mas os especialistas em finanças pessoais aconselham que se crie um fundo de emergência ou a também denominada “almofada financeira” que lhe permitirá fazer frente a eventuais imprevistos. Recomenda-se que tenha de lado o valor equivalente a, no mínimo seis meses, de despesas asseguradas.

Dinheiro gera dinheiro

Se já tem um fundo de emergência e gostaria de iniciar-se como investidor saiba que ao dar os passos certos pode assistir ao crescimento do seu dinheiro, porque já diz a sabedoria popular “dinheiro gera dinheiro”. No entanto, para não ser apanhado desprevenido o conhecimento e estar atento ao mercado é muito importante. Por exemplo, se decidir investir num imóvel ele será uma boa aposta se for previsível a sua valorização ao longo do tempo. Compreender como funcionam e ter acesso a diferentes tipos de investimentos, quais os riscos associados, como constituir uma carteira de ativos são também alguns tópicos que deverá dominar.

No mundo das finanças existe uma máxima: “não colocar os ovos todos no mesmo cesto”, o que significa que é muito importante diversificar o tipo de investimentos, distribuindo o dinheiro por diferentes classes de ativos. Ao não se expor somente a um ativo ou um setor específico estará a diminuir o risco da sua carteira de investimento.

Muitos investimentos implicam riscos, ou seja, não há garantia sobre o dinheiro que investiu e pode mesmo perdê-lo. Os resultados históricos de muitas empresas e fundos são positivos, mas no mundo das finanças acredita-se que o futuro pode ser diferente do passado. No longo prazo é mais fácil conseguir rentabilidade, porque os investidores não ficam tão dependentes das oscilações conjunturais do mercado.

Por norma, o potencial de retorno de um investimento é maior quando o risco de perder dinheiro também é maior, inversamente os investimentos de menor risco são mais seguros, mas a rentabilidade é menor.

Existem vários perfis de investidores? Qual é o seu?

Normalmente os perfis dos investidores podem ser divididos em três grandes grupos: conservador, moderado e dinâmico.

Perfil conservador

Se é uma pessoa que prefere estabilidade do capital os investimentos conservadores são a melhor opção para si. Neste caso, a carteira de investimento é composta essencialmente por ativos de renda fixa (quem aplica o dinheiro já sabe o prazo e a taxa de rendimento futura) e apenas uma pequena parte de renda variável. O perfil conservador corresponde a alguém com baixa tolerância ao risco e que prefere ter garantia de retorno.

Perfil moderado

Se aceita correr alguns riscos para multiplicar o seu dinheiro, tem um perfil moderado, capaz de investir em várias frentes de modo a equilibrar a segurança com ganhos maiores do que os conseguidos pelo perfil conservador. Neste caso é importante possuir capital do qual não vai necessitar no prazo de alguns anos de modo a ter uma maior eficácia no investimento.

Perfil Agressivo

Se está disposto a correr muitos riscos para atingir a maior rentabilidade possível de modo a multiplicar o seu património de forma enérgica, o seu perfil é agressivo. Estes investidores estão dispostos a aceitar uma maior volatilidade para maximizar o crescimento do capital, procurando retornos diferenciados no longo prazo. Uma grande parte dos ativos da sua carteira de investimentos é composta por renda variável.

Para além destes perfis existe ainda o perfil desequilibrado, em que se verifica um desajustamento entre a forma como os próprios investidores se classificam e os resultados que esperam obter, o que pode levar a situações problemáticas com os investimentos. ​​​​​​​

Poupar e investir são conceitos diferentes, mas podem ser vistos como complementares. Afinal para investir vai precisar de poupar. Se procura dicas de poupança, por exemplo como renegociar os seus contratos, peça ajuda aos profissionais da MaxFinance.