Cartão ou Seguro de Saúde. 7 diferenças para decidir qual o melhor para si

22.11.2021
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O que é mais indicado para si? Um Cartão ou Seguro de Saúde? Tome nota das diferenças.

Procuramos com este artigo apontar os prós e contras de cada opção. Para quem tem rendimentos mais elevados, o seguro poderá ser a melhor opção. Caso contrário pode considerar um Cartão (também chamado Plano) de Saúde. Ambos têm prós e contras.

Em primeiro lugar, a saúde é o que de mais precioso temos. Se andávamos esquecidos, com a pandemia, e com as limitações de acesso ao Serviço Nacional de Saúde e aos privados, a saúde voltou a ser um tema prioritário nas conversas entre família e amigos, no trabalho ou na rua. Especialmente, porque a COVID-19 acabou por se sobrepor a muitas outras prioridades de saúde.

Ao terminar a leitura deste artigo terá noção de 7 diferenças que existem entre o Cartão de Saúde e o Seguro de Saúde.

1.  O que é um Cartão de Saúde?

O Cartão de Saúde, ou Plano de Saúde, é o equivalente ao cartão de fidelização de uma grande cadeia de distribuição que implique o pagamento de um valor com regularidade.

O utilizador paga a sua mensalidade ou anuidade e, com um Cartão de Saúde, tem desconto numa rede de prestadores de cuidados de saúde e até oferta de alguns serviços como médico em casa ou teleconsultas.

O uso é ilimitado pois o desconto é negociado a priori entre o prestador de serviços de saúde e a entidade emissora do cartão.

2.  O que é um Seguro de Saúde?

O Seguro de Saúde é um dos subtipos de Seguro do ramo Não-Vida. O Seguro de Saúde cobre riscos relacionados com a prestação de cuidados de saúde, conforme as coberturas previstas nas condições do contrato, com os limites nelas fixados, explica a ASF, entidade reguladora dos seguros.

É indicado para quem pretende fazer uma cirurgia, pondera engravidar ou vai a consultas de especialidade no privado. O Seguro de Saúde permite-lhe aceder aos serviços privados de saúde mediante duas modalidades: comparticipação ou copagamento. Evita os tempos de espera prolongados característicos do Serviço Nacional de Saúde.

As apólices são compostas por coberturas variadas, em regra pacotes. As mais simples incluem um número limitado de coberturas e capitais baixos (por exemplo internamento). Outras há, com capitais mais elevados, que abrangem mais coberturas, como consultas de especialidade, estomatologia, óculos, medicamentos, partos.

Com um Seguro de Saúde. Pode evitar piores cenários, através da prevenção e do diagnóstico precoce de alguma patologia, uma vez que pode verificar se está tudo bem com a sua saúde sempre que quiser.

Os atos médicos poderão ser comparticipados, se realizados dentro da rede convencionada, ou em copagamento ou reembolso, quando recorre a entidades não abrangidas pela sua seguradora. Em alguns casos é aplicada uma combinação destes tipos de pagamento.

3.  O que é mais caro? Um Cartão ou um Seguro de Saúde?

A anuidade do Cartão de Saúde é quase sempre mais baixa do que se paga por um Seguro de Saúde.

A DECO recomenda, por exemplo, que, para optar por um Seguro de Saúde, que deve ter cerca de 200 euros, por ano, por pessoa, disponíveis para o efeito. Com este investimento inicial terá direito à comparticipação dentro da rede (paga apenas um valor residual) ou ao copagamento fora da rede (o Seguro reembolsa-o).

Já um Cartão de Saúde poderá ser gratuito, ficar-lhe a 5 euros por mês por elemento do agregado ou 50 euros por ano para duas pessoas. As opções são muito variadas, basta pesquisar e fazer as suas simulações. Associações de consumidores, hipermercados, outras associações e, claro, empresas dedicadas a esse negócio têm múltiplas ofertas.

Além dos custos anuais mais reduzidos do Cartão, terá direito a descontos que podem ir de 10% a 60%, ou mais, face ao preço-base, em redes de hospitais, médicos e clínicas de diagnóstico.

Alguns serviços prestados, tal como nos Seguros de Saúde, são gratuitos.

4.  Quais as limitações de cada uma das opções?

Um Cartão não substitui um Seguro de Saúde, e ambas as soluções apresentam limitações. Até podem ser complementares.

Se vive fora dos grandes centros urbanos, a rede de parceiros do Cartão de Saúde é, em geral, reduzida. Por isso, a menos que, por exemplo, o seu médico de eleição aceite ou trabalhe em algum local que aceite o Cartão de Saúde que escolheu, deverá pensar duas vezes sobre se esta é a melhor opção. Verifique esta informação antes de subscrever o Cartão de Saúde.

Apesar de ser com desconto, o consumidor paga a despesa do seu bolso e não pode utilizar o cartão em prestadores fora da rede. 

Um Seguro de Saúde, por seu lado, também não é a resposta a todos os problemas. Excluindo a questão do valor que pode pagar, imagine que pretende fazer apenas um tratamento dentário, em regra uma cobertura adicional no Seguro de Saúde. Nesse caso, a subscrição de um Seguro de Saúde poderá não compensar. Além disso existe um período de carência de 60 a 90 dias, em regra, após a subscrição.

Em determinados casos, os Seguros de Saúde obrigam a uma pré-autorização para a realização de determinados atos médicos. Outra limitação do seguro é que, certas despesas, em particular as relacionadas com uma doença diagnosticada antes de contratar o seguro, estão excluídas. É também complicado subscrever um Seguro de Saúdo quando tem mais de 60 anos.

O prémio de um Seguro de Saúde aumenta com a idade e as despesas só são pagas até ao limite do capital de cobertura.

5.  Quais as vantagens de cada uma das opções?

Como tudo na vida, há vantagens e desvantagens na subscrição de Cartões ou Seguros de Saúde.

Além da vantagem óbvia: é mais barato. Uma das vantagens do Cartão de Saúde é ser de utilização ilimitada. Mas há mais. Se já tiver alguma doença diagnosticada antes de subscrever o serviço, o Cartão poderá ser, em alguns casos, a única opção.

Limites de idade ou períodos de carência – aquele período de tempo que, no caso dos seguros, está impedido de utilizar o serviço – são questões que não se aplicam. Além disso, não requer pré-autorizações, desde que o serviço esteja abrangido pelo Cartão de Saúde.

Já o Seguro de Saúde, consoante as coberturas escolhidas, oferece garantias mais vastas que vão desde um atendimento regular, ao pagamento de consultas gerais e de especialidade ou despesas de tratamento e exames complementares, ao parto, próteses e até medicamentos.

O Seguro de Saúde pode ser utilizado quer em regime ambulatório quer em internamento em unidades hospitalares, consultórios ou ao domicílio e abrange o transporte gratuito em ambulância. Em alguns casos pode incluir despesas relacionadas com doenças graves.

Tanto o Cartão como o Seguro de Saúde têm, muitas vezes, uma rede de serviços de bem-estar e lazer associados, permitindo utilizar ginásios, spas, ir a restaurantes, viajar ou até optar por medicinas alternativas com desconto.

6.  Como posso saber quanto vou pagar por um Cartão ou Seguro de Saúde?

Antes de avançar com qualquer decisão o segredo é simular. Consulte várias seguradoras e verifique diferentes Planos de Saúde.

Num primeiro momento, poderá desde logo decidir se pretende um Cartão ou Seguro de Saúde. Depois, dentro de cada opção, poderá escolher o mais vantajoso para si e a oferta é cada vez mais variada.

Para os Seguros de Saúde, consulte os sítios na Internet das várias seguradoras (pode ver a lista das Seguradoras no sítio da ASF) e faça as suas simulações. Há também sítios independentes nos quais pode fazer essas mesmas simulações.

No caso dos Cartões de Saúde, pesquise na Internet por «Cartões de Saúde» e «Planos de Saúde». Verifique as diferentes opções disponíveis, sem esquecer de analisar a rede de prestadores. Os diretórios clínicos estão em regra disponíveis na Internet. Verifique também a percentagem de desconto aplicada. Pode fazer o inverso, perguntar ao seu médico com que Cartões trabalha. Se as suas necessidades são específicas há Cartões dedicados por exemplo para seniores ou tratamentos dentários.

Acima de tudo, não se deixe levar pelos argumentos de cada uma das entidades. Todos têm vantagens e vão exaltá-las. Mas, todos têm desvantagens que são desvalorizadas.

Em caso de dúvida, pode sempre recorrer aos consultores MaxFinance para o ajudar a escolher entre um Cartão ou Seguro de Saúde. Afinal já o poderão ter ajudado noutras questões financeiras com vantagens para si.

7.  Porque devo escolher um Cartão ou um Seguro de Saúde?

Todos queremos ter os melhores cuidados de saúde. O Serviço Nacional de Saúde nem sempre consegue dar resposta atempada às nossas necessidades. Em casos extraordinários, como foi a pandemia no último ano e meio, o tratamento de outras doenças acabou por ficar para trás. E há sempre a limitação financeira.

Assim, escolher entre um Cartão ou Seguro de Saúde é sempre uma decisão pessoal. Procure responder às questões que se seguem:

  • Tem o montante necessário disponível para pagar o seguro (mais de 200 euros/ano)?
  • Já ultrapassou os 60 anos (idade limite, em geral, para aderir a um Seguro)?
  • Foi-lhe diagnosticado um problema de saúde anteriormente?
  • Está apenas interessado no desconto em consultas?
  • Pretende fazer tratamentos dentários prolongados no tempo (por exemplo aparelhos dentários)?
  • Visa uma proteção mais completa que contemple múltiplas coberturas?
  • Pretende engravidar e ser atendida no privado?
  • Tem despesas correntes com saúde? Se não, poderá vir a ter?
  • Quer aceder ao serviço privado para exames de rotina?

Em síntese, procure saber quanto gastaria no que pretende. Some as parcelas, tenha em conta as limitações e exclusões de cada opção. Acrescente os custos da subscrição e anuidades. Deste modo poderá tirar as suas conclusões.

Parece-lhe complicado? Peça ajuda a um consultor MaxFinance, que o poderá ajudar a perceber melhor a matemática e todas as vantagens e desvantagens de ambas as opções.


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