Como ajudar a erradicar a pobreza?

18.10.2022
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Para assinalar o Dia Internacional da Erradicação da Pobreza, que decorreu a 17 de outubro, lembramos que todos podemos contribuir para um mundo mais justo.


“A erradicação da pobreza extrema em todas as suas formas, em todos os lugares” é um dos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU. A pobreza é a privação das condições necessárias para uma vida digna. Segundo as Nações Unidas manifesta-se através da fome, da discriminação e exclusão social, do acesso limitado à educação, à saúde e a outros serviços como o saneamento básico.

100 formas de agir para um mundo mais justo

Para assinalar este dia 17 de outubro, a Oikos, pede que se encontrem 100 formas de agir para um mundo mais justo. A Organização Não Governamental lembra que “estamos numa fase em que temos uma oportunidade para pensar e agir de modo diferente. Esta é uma excelente oportunidade para informar e sensibilizar crianças e jovens para a necessidade urgente de lutar pela redução da pobreza”. Por isso, propõe que nas escolas se dinamizem iniciativas no sentido de contribuir através da criatividade para a mitigação da pobreza e pede inspiração a todos, de forma individual ou em família, com amigos ou colegas de trabalho para partilhar nas redes sociais uma ação ou sugestão para contribuir para a diminuição da pobreza.

Mas qual o número de pobres no Mundo? Qual o país com uma maior % da população a viver abaixo da linha da pobreza? Estas são questões às quais não devemos reagir com indiferença. Atualmente 10% da população mundial vive em pobreza extrema, o que significa ter menos de 2 dólares por dia, sem recursos para atender a necessidades básicas como alimentação, água, eletricidade e cuidados básicos de saúde, segundo as estimativas do Banco Mundial e do Gapminder.

A maioria das pessoas em pobreza extrema encontra-se em África e na Ásia, em locais onde será mais difícil erradicá-la, zonas atingidas por conflitos e as áreas rurais. Na África Subsaariana 60% da população vive nesta situação, perfazendo um total de 389 milhões, mais do que em qualquer outra região do mundo.

Em Portugal, a pobreza atingia 18,4 por cento da população em 2020, passando a ser o oitavo país da União Europeia com maior risco de pobreza ou exclusão social. Os dados da Pordata, divulgados esta segunda-feira, indicam também que o número de pessoas em risco de pobreza ou de exclusão social subiu 12,5% em 2020 comparativamente a 2019, o primeiro aumento desde 2014.

Pandemia Covid-19 agrava pobreza

Uma tendência que é global. Com a pandemia de Covid-19 o número de pessoas que vive em pobreza extrema aumentou pela primeira vez em décadas. O mais recente relatório do Banco Mundial Poverty and Shared Prosperity (Pobreza e Prosperidade Compartilhada, tradução livre) indica que, no ano de 2020, a pandemia levou cerca de 70 milhões de pessoas à pobreza extrema. Com estes efeitos é improvável que o mundo consiga atingir a meta de erradicar a pobreza extrema até 2030, data estabelecida pela Assembleia Geral da ONU para cumprir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. A tendência poderá ser agravada com a guerra na Ucrânia, de acordo com o relatório anual da pobreza publicado pela instituição financeira neste mês de outubro.

Quais as metas para erradicar a pobreza?

As metas para erradicar a pobreza indicam que até 2030 deverá diminuir para metade a proporção de homens, mulheres e crianças, de todas as idades que vivem na pobreza, em todas as suas dimensões, implementando-se em cada país medidas e sistemas de proteção social adequados para todos. Até esta data foi traçado o objetivo de aumentar a resiliência dos mais pobres e em situação de maior vulnerabilidade, reduzindo a exposição destes aos fenómenos extremos relacionados com o clima e outros choques ou desastres económicos, sociais e ambientais. Para combater a pobreza, as Nações Unidas definiram que é necessário garantir uma mobilização significativa de recursos a partir de uma variedade de fontes, inclusive por meio do reforço da cooperação para o desenvolvimento, para proporcionar meios adequados e previsíveis para que os países em desenvolvimento possam implementar programas e políticas para acabar com a pobreza em todas as suas dimensões. Para além destas medidas, é preciso criar enquadramentos políticos sólidos ao nível nacional, regional e internacional, com base em estratégias de desenvolvimento em prol dos mais pobres e sensíveis às questões de igualdade de género, para apoiar a aceleração do investimento em ações de erradicação da pobreza.

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